O que é a neuropatia periférica idiopática?
É uma condição em que os nervos periféricos são danificados sem uma causa clara identificável, apesar de exames e investigações abrangentes. “Idiopática” significa que a causa é desconhecida.
Os sintomas podem ser semelhantes aos de outras neuropatias periféricas e podem variar em intensidade e localização. Aqui estão os sintomas mais comuns:
Sintomas Sensoriais
1. Dormência:
Uma sensação de dormência nas extremidades, como nas mãos e pés, é um dos sintomas mais comuns. A dormência pode começar de forma leve e progredir ao longo do tempo.
2. Formigamento:
Sensações de formigamento ou “alfinetes e agulhas” (parestesia) nas mãos e pés, que podem se espalhar para os braços e pernas.
3. Sensação de Queimação:
Uma sensação de queimação, especialmente nas solas dos pés, é um sintoma frequente.
4. Dor:
A dor pode variar de leve a severa e é frequentemente descrita como uma dor em queimação, dor aguda ou sensação de choque elétrico. A dor pode ser constante ou intermitente.
5. Sensibilidade ao Toque:
Aumento da sensibilidade ao toque, em que mesmo um toque leve pode ser doloroso (alodinia), ou a incapacidade de perceber dor ou temperatura.
Sintomas Motores
1. Fraqueza Muscular:
A fraqueza muscular nas pernas e braços pode ocorrer, tornando difícil realizar atividades cotidianas, como subir escadas, levantar objetos ou caminhar.
2. Perda de Coordenação:
Dificuldade em manter o equilíbrio ou realizar movimentos finos, como abotoar uma camisa ou segurar pequenos objetos.
3. Espasmos e Cãibras:
Espasmos musculares e cãibras, especialmente nas pernas, são comuns.
4. Atrofia Muscular:
Em casos mais graves, a atrofia muscular pode ocorrer devido à falta de uso ou à perda de função dos nervos.
Sintomas Autonômicos (em casos mais graves)
Embora menos comuns, os sintomas autonômicos podem ocorrer em algumas formas de neuropatia idiopática:
1. Problemas de Pressão Arterial:
Flutuações na pressão arterial, incluindo hipotensão postural (queda na pressão arterial ao ficar em pé), podem ocorrer.
2. Problemas de Sudorese:
Diminuição ou aumento da sudorese, especialmente nas extremidades.
3. Problemas Gastrointestinais:
Sintomas como constipação ou dificuldade para engolir podem ocorrer se os nervos que controlam o sistema digestivo forem afetados.
4. Disfunção Vesical:
Dificuldades em controlar a bexiga, resultando em incontinência urinária ou retenção.
Progressão dos Sintomas
Os sintomas da neuropatia periférica idiopática tendem a se desenvolver de forma lenta e progressiva. Inicialmente, os sintomas podem ser leves e episódicos, mas podem se tornar mais intensos e constantes ao longo do tempo. A progressão da condição pode variar, com alguns pacientes experimentando uma estabilização dos sintomas, enquanto outros podem ter uma piora gradual.
Diagnóstico
O diagnóstico de neuropatia periférica idiopática é feito por exclusão, o que significa que outras causas possíveis, como diabetes, deficiências vitamínicas, doenças autoimunes e exposições tóxicas, devem ser descartadas primeiro. Isso geralmente envolve uma combinação de:
– História clínica detalhada e exame físico.
– Exames de sangue para verificar níveis de glicose, função renal, níveis de vitamina B12 e outras possíveis causas.
– Estudos de condução nervosa e eletromiografia (EMG) para avaliar a função dos nervos.
– Biópsia de nervo (em alguns casos) para avaliar a extensão do dano nervoso.
Tratamento
Como a causa da neuropatia periférica idiopática é desconhecida, o tratamento geralmente se concentra no alívio dos sintomas e na melhora da qualidade de vida. Isso pode incluir:
– Medicamentos para alívio da dor:
Analgésicos, antidepressivos tricíclicos, anticonvulsivantes (como gabapentina ou pregabalina) e patches de lidocaína.
– Fisioterapia:
Para ajudar a manter a força muscular e a coordenação.
– Terapias ocupacionais:
Para ajudar a adaptar as atividades diárias às limitações físicas.
– Controle de sintomas autonômicos:
Como o manejo da pressão arterial e da função vesical.
A neuropatia periférica idiopática pode ser uma condição crônica, e o acompanhamento regular com um médico especialista em nervos periféricos é importante para monitorar os sintomas e ajustar o tratamento conforme necessário.
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